Dicionário da Moda – Malharia

10 de novembro de 2017

A produção da malharia tornou-se mecanizada a partir de 1589, com a invenção do tear de malha por trama pelo pastor Willian Lee, em Nottinghamshire, Inglaterra.

No decorrer do Século XX com o desenvolvimento de novas tecnologias e fibras, os tecidos de malha começaram a se tornar muito popular em peças do dia a dia e pautadas na Moda.

Em 1916, Coco Chanel usou malha de Jérsey para criar seus conjuntos de cardigã, lançando as bases para um vestuário moderno, chique e estiloso.

Nos anos 1930, surge a malharia de “grife” com a criação do twin-set pela malharia escocesa Pringle, que se popularizou graças à Grace Kelly nos anos 1950. O modelo é formado por um conjunto coordenado de suéter justo de mangas curtas e cardigã que devem ter cor, trama e fios iguais.

Em seguida foram criadas novas e mais arrojadas peças de vestimenta em malharia onde podemos sintetizar algumas delas:

Blusão: Suéter mais largo e solto, usado por mulheres e meninas, muito popular nos Estados Unidos durante as décadas de 1940 e 1950, período em que os adolescentes começaram a se vestir de maneira diferente de seus pais. Normalmente as peças tinham gola enrolada, bainha e punhos.

Cardigã: Malha de mangas compridas fechadas na parte da frente com botões, pinos de madeira, colchetes ou zíper, o cardigã pode ter diversos tipos de golas, como careca, em V ou xale. Curiosidade. A peça era usada pelos soldados britânicos durante a Guerra da Crimeia para aquecimento, e foi cunhada com esse nome em referência ao nome do General que comandou a tropa.

Cardigã Varsity

Peça-chave para compor o visual preppy, adotado nas universidades americanas de elite, indicava que o usuário havia sido selecionado para integrar times esportivos de sua escola – também é conhecido como Award Letter, já que traz a letra inicial da Instituição, como o Y da Yale, numa aplicação de feltro. Eram usadas pelas namoradas dos atletas se tornando símbolo de popularidade no campus.

Guernsey

Usado por pescadores de ilhas do Canal da Mancha no século XIX, tornou-se um clássico unissex. Costumam ser malhas grossas e justas, com trama em ponto sanfona e em geral azul-marinho.

Malha canelada

Com delicada nervuras, a peça é projetada para ser bem justa, o que alonga a silhueta. Combinado com a minissaia, o suéter canelado ficou popular nos anos 1960, quando era produzido com novos fios sintéticos da época, como Orlon ou Acrilan. Mary Quant diz que foi a precursora dessa moda ao incentivar as mulheres a usar a malha em tamanho infantil sob túnica e também foi vista sob vestidos-aventais futuristas dos estilistas Pierre-Cardin.

Malha de gola rulê

Peça de gola alta, em geral feita com ponto canelado. A estrutura em formato de tubo faz com que a gola possa ser dobrada sobre si mesma, adquirindo diferentes comprimentos. Chamada de poloneck (em referência ao uniforme dos jogadores de polo), a versão inglesa da rulè é, em geral, mais alta que o modelo americano.

Vestido-Suéter

Popular nos anos 1950, era a versão longa das malhas superjustas usadas pelas estrelas de Hollywood e delineava as curvas do pescoço à panturrilha. O modelo poderia ser vestido de um jeito descomplicado, elegante quando combinado com salto agulha e jóia, ou despojado, acompanhado de sapatos confortáveis. O vestido tubinho também ganhou versões de malha, sobretudo com fios texturizados como o buclê.

Pulôver

Também chamado de suéter, é uma malha unissex que não tem fechamento e que veste pela cabeça. Por isso, precisa ser relativamente larga para garantir a elasticidade necessária. Historicamente, o termo se referia a qualquer tipo de roupa, de tricô ou tecido, que se vestia dessa maneira; agora, porém, aplica-se apenas à malharia

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